Litigiosa ou amigável, a separação de um casal com filhos é uma das experiências mais dolorosas para todos os envolvidos. Essa experiência pode ser destruidora quando os casais buscam resolver seus conflitos sem perceber o quanto suas abordagens são dolorosas para os filhos e podem causar-lhes sofrimento e danos que os acompanhará até a vida adulta.
Por que isso ocorre? É possível ao casal escapar a esse processo de desqualificação e desconsideração um pelo outro? Isso não ocorre porque os casais assim desejam, mas porque estão acostumados com uma sociedade em que o litígio faz parte da vida cotidiana e nunca foram alertados sobre os efeitos nocivos que tais conflitos produzem nos filhos. Essa realidade precisa ser alterada! Seguindo uma tendência internacional de humanização da justiça e de pacificação de conflitos, um novo paradigma de direito e justiça vem produzindo práticas nas quais as famílias em situação de separação podem ser cuidadas e orientadas de modo a minimizar as perdas, contemplando a integralidade do ser humano. Entre estas iniciativas, destaca-se a Mediação de Conflitos, as Práticas Colaborativas no Direito de Família e as Oficinas de Pais e Filhos. Esta última é uma iniciativa desenvolvida pela Juíza Vanessa Aufiero da Rocha, em São Vicente/SP e que foi recomendada pelo Conselho Nacional de Justiça a todo o pais. Foi recentemente implementada em Ribeirão Preto através de uma parceria que inclui profissionais do Setor Técnico do Fórum, o Instituto ConversAções e uma equipe de profissionais voluntários extremamente engajados, vindos de diferentes áreas (direito, saúde, educação, serviço social). Esta mesma equipe de profissionais, constatando o impacto que tais oficinas produzem nos pais, resolveram ampliar este trabalho oferecendo palestras nas escolas públicas ou privadas sobre o tema. Nestas palestras, através de vídeos e dinâmicas, os pais podem refletir sobre o tema e conhecer alguns recursos de comunicação que ajudam a conter e transformar os conflitos. Recursos estes que podem enriquecer sua comunicação tanto com o ex quanto com os próprios filhos. Não evitamos conflitos deixando de dizer dos nossos desconfortos ou necessidades, mas escolhendo formas de dizer sem acusar ou agredir, ao mesmo tempo que nos propomos a ouvir o outro. Pais e escolas interessadas podem entrar em contato com o Instituto ConversAções e agendar. Por Cristina Ruffino Contato pelo site: www.conversacoes.com.br
0 Comentários
Enviar uma resposta. |
Details
ConversAçõesO ConversAções é um Instituto de Mediação de Conflitos e Facilitação de Diálogos e tem como objetivo o trabalho nas relações interpessoais e intergrupais. Publicações
Outubro 2017
Categorias
Todos
|