Escrito por Cristina Ruffino O termo ghosting tem sido usado quando uma pessoa desaparece abruptamente e sem explicação de um relacionamento, como um “fantasma”. Claro que não é um comportamento novo. É um comportamento que aparece sobretudo em relacionamentos afetivos ou de amizade.
Imagine que você vem conversando ou saindo com alguém e de repente essa pessoa simplesmente desaparece sem dar qualquer explicação. Ela para de responder suas mensagens, não atende suas ligações e não dá nenhum sinal de vida. Você fica confuso, sem entender o que aconteceu e por que essa pessoa decidiu simplesmente se afastar sem aviso prévio. Para algumas pessoas o ghosting produz um impacto emocional negativo, levando a pessoa que está sendo "ignorada" a pensar que foi a responsável, que aquilo é fruto de sua inadequação, falta de atrativos ou inabilidades. A ausência de uma explicação ou de um encerramento adequado pode deixar a pessoa que foi "ghosteada" sem respostas e sem a chance de expressar seus sentimentos ou buscar algum tipo de entendimento. Muitas vezes a pessoa se sente culpada e confusa por algo que, na verdade, diz mais de quem pratica o ghosting do que de quem o recebe. É importante destacar que o ghosting não é uma prática saudável nem ética nas relações interpessoais. É uma forma de evitar uma conversa direta e/ou a responsabilidade emocional, deixando a outra pessoa no escuro e sem qualquer chance de diálogo ou resolução. Se você se encontra em uma situação em que tenha sido "ghosteado", é importante cuidar de si mesmo, buscar apoio emocional em amigos e familiares e tentar seguir em frente, mesmo sem respostas claras – mesmo porque, que clareza imagina que poderia te oferecer aquele que se faz de fantasma? A inadequação, a imaturidade, a incapacidade é de quem sumiu, não sua. Os comentários estão fechados.
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Cristina RuffinoSou Pedagoga (Unicamp), Mestre em Psicologia (Unicamp), doutora em Psicologia pela USP-RP. Arquivos
Dezembro 2024
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