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A fábrica de cretinos digitais

24/9/2024

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Como as Telas Afetam o Desenvolvimento das Crianças e a Importância da Leitura.
Por Cristina Ruffino.
Vivemos em uma era em que as telas estão por toda parte nas nossas vidas. Celulares, tablets, computadores e televisões se tornaram parte das nossas rotinas, inclusive das crianças. No entanto, Michel Desmurget, neurocientista e autor dos livros "A Fábrica de Cretinos Digitais" e "Faça-os Ler", nos alerta sobre os riscos que o excesso de exposição digital pode ter no desenvolvimento dos jovens.

Desmurget argumenta que o uso diário de dispositivos digitais está comprometendo o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças. Mas por que isso acontece? O problema não é apenas o que as crianças consomem nas telas, mas o que elas deixam de fazer por estarem tão imersas nesse mundo digital.

Quando uma criança passa horas na frente de uma tela, ela perde oportunidades preciosas de desenvolver habilidades fundamentais. Ela deixa de brincar, de explorar o mundo ao seu redor, de interagir com outras pessoas e, especialmente, de ler. Segundo Desmurget, essa falta de experiências ricas pode afetar drasticamente o desenvolvimento da linguagem, a capacidade de atenção, o pensamento crítico e a empatia.

Uma das coisas que as crianças deixam de fazer é ler. Incrível, pois a escrita foi uma das maiores conquistas da nossa espécie, nos deu possibilidades incríveis de irmos para além de nós mesmos, vivermos vidas para além das nossas, vivermos tempos além do nosso tempo. A leitura é uma das atividades mais poderosas para o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças. A leitura ajuda a expandir o vocabulário, estimula a imaginação e a criatividade e desenvolve a empatia, ao permitir que as crianças entrem em contato com diferentes perspectivas e sentimentos.

Mas como fazer as crianças se interessarem pela leitura em um mundo dominado pelas telas? É aqui que entra o papel dos pais e educadores na criação de um ambiente propício à leitura. Desmurget nos lembra que as crianças são influenciadas pelo exemplo. Pais que leem com frequência e que promovem momentos de leitura em casa ajudam a criar uma atmosfera onde os livros são valorizados.

Não é fácil competir com a infinidade de estímulos que as telas oferecem. Desenhos coloridos, jogos interativos e vídeos rápidos prendem a atenção das crianças de forma quase hipnótica. No entanto, é essencial entender que a leitura oferece um tipo de estímulo diferente – um que nutre a mente e as emoções a longo prazo.

Desmurget enfatiza que não é necessário proibir completamente o uso das telas, mas sim estabelecer limites e incentivar ativamente a leitura. Crianças pequenas, por exemplo, precisam de livros adequados à sua faixa etária, com histórias envolventes e ilustrações que despertem a curiosidade. Conforme crescem, é importante oferecer opções variadas que atendam aos interesses de cada criança, seja aventura, fantasia, mistério ou fatos da vida real.

Para incentivar a leitura em casa podemos: 

1.   Estabelecer uma rotina de leitura que se estabelece com a leitura regular
Leia para seus filhos, mesmo que eles já saibam ler. Crie um momento especial do dia para isso, seja antes de dormir ou após as refeições. Esses momentos se tornarão hábitos que as crianças levarão para a vida adulta. 


2.   Seja exemplo para elas, envolva-se com leituras que possam ir além de posts e matérias resumidas
As crianças aprendem observando os adultos. Quando veem seus pais e familiares lendo, seja um livro, revista ou jornal, elas aprendem que a leitura é uma atividade valiosa e um lazer.


3.   Tornando a leitura divertida
Escolha livros com histórias cativantes e personagens interessantes. Use diferentes tons de voz e faça expressões faciais enquanto lê para tornar a experiência ainda mais envolvente.


4.   Leve a leitura para o cotidiano
Fale sobre as histórias lidas, relacione-as com situações do dia a dia e encoraje as crianças a contarem suas próprias versões das histórias.


5.   Crie um ambiente propício
Tenha livros acessíveis em casa. Uma estante ou prateleira ao alcance das crianças faz com que elas se sintam à vontade para explorar e escolher o que desejam ler.


6.   Limite o tempo de tela
Não é sobre proibir, mas sim regular. Regular o tempo e o que se faz nas telas é função dos adultos. Estabeleça horários específicos para o uso de telas e sempre ofereça alternativas, como brincar ao ar livre, desenhar ou ler um livro.


A comunidade também tem um papel fundamental na promoção da leitura, de um contexto onde as pessoas se interessam por livros e leituras, nascerão leitores. A leitura não deve ser vista como uma tarefa chata ou obrigatória, mas como uma atividade que pode ser divertida e transformadora. Organizar clubes de leitura, compartilhar histórias e experiências com outros pais e crianças e criar espaços dedicados aos livros são formas de construir uma cultura de leitura que transcenda os limites da casa.

Em um mundo cada vez mais digital, fazer escolhas conscientes para o bem-estar e desenvolvimento das crianças é uma tarefa nossa.  Como estamos moldando o futuro dos nossos filhos e das próximas gerações? As telas têm o seu lugar, mas a leitura é insubstituível quando se trata de cultivar mentes curiosas, críticas e empáticas. Afinal, ler é muito mais do que decifrar palavras; é descobrir novos mundos e compreender o nosso próprio.

Em última instância, me fica a máxima: atenção plena a cada escolha que fazemos (ou não fazemos) para as nossas vidas e dos nossos filhos. 
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    Cristina Ruffino

    Sou Pedagoga (Unicamp), Mestre em Psicologia (Unicamp), doutora em Psicologia pela USP-RP. 

    ​Trabalhei na Secretaria de Educação de Campinas e fui docente no Departamento de Psicologia da USP-RP. 

    ​Trabalho com pessoas e seu desenvolvimento há 3 décadas. Inicialmente como professora, formadora de professores, pesquisadora do desenvolvimento e habilidades sociais, culminando com a clínica terapêutica. Assumo uma abordagem dialógica colaborativa, sustentada por uma epistemologia Construcionista Social, que representa uma das principais contribuições no panorama dos novos paradigmas da pós-modernidade.

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