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Corregulação: como ajudar seu filho a lidar com as emoções?

29/1/2025

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Fotografia
Por Cristina Ruffino.
As crianças não nascem sabendo regular suas emoções. Elas aprendem isso através do relacionamento com os adultos, observando como pais e cuidadores lidam com frustrações, medos e desafios do dia a dia.
Quando uma criança está agitada, com medo, cansada ou frustrada, ela precisa de um adulto calmo e presente para ajudá-la a se sentir segura. Esse processo se chama corregulação: você oferece o equilíbrio emocional que ela ainda não consegue alcançar sozinha.

O que fazer na prática?
​

1.  Seja um espelho emocional

  • As crianças captam e refletem o estado emocional dos adultos ao seu redor. Se a criança está nervosa e o adulto também reage com irritação, a tensão só aumenta. Mas, se o adulto mantém a calma, respira fundo e fala em um tom tranquilo, ele ajuda a criança a se acalmar também.
  • Dica prática: se a criança estiver tendo um surto de raiva ou descontrole, diga algo como:

"Eu sei que você está muito bravo agora. Eu vou esperar você se acalmar e estou aqui para te ajudar quando estiver pronto."

Isso demonstra segurança e evita que a criança sinta que precisa "controlar" sozinha algo que ainda não sabe regular.

2. Nomeie as Emoções

  • Dar nome aos sentimentos ajuda a criança a entendê-los e a desenvolver inteligência emocional.
  • Diga algo como:

"Eu vejo que você está frustrado porque o brinquedo quebrou. Isso é difícil, né? Eu estou aqui com você."

Isso valida o que a criança sente e dá segurança para que ela expresse suas emoções de forma saudável.

3. Use o corpo para acalmar

  • A comunicação não verbal é ainda mais significativa do que palavras para uma criança em crise emocional.
  • Em vez de falar muito ou tentar explicar racionalmente, experimente: um abraço reconfortante; um toque suave no ombro; apenas sentar-se perto, demonstrando presença sem exigir resposta imediata. A criança se sentirá menos sozinha e mais capaz de lidar com o que está sentindo.
 
​4. Dê previsibilidade e segurança

  • Crianças se sentem mais seguras quando sabem o que esperar, e isso reduz explosões emocionais. Assim, é útil: criar rotinas estáveis e avisar antes de mudanças importantes.

Exemplo prático:

"Daqui a 5 minutos vamos guardar os brinquedos, tá bom?"

Isso ajuda a criança a se preparar para a transição, tornando-a menos resistente.

5. 
Modele a regulação emocional

  • As crianças aprendem observando os adultos. Se você se descontrola com facilidade, será mais difícil para seu filho aprender a se regular.

Demonstre autorregulação em momentos de tensão:

"Estou ficando nervoso agora, então vou me sentar quietinho e respirar fundo para me acalmar."

Isso ensina a criança que é possível identificar e lidar com emoções de forma saudável.


O Que Evitar? 

1. Minimizar ou ignorar as emoções da criança

  • Dizer coisas como "Não foi nada", "Para de drama" ou "Engole o choro" pode fazer a criança sentir que suas emoções não são importantes.
  • Em vez disso, valide o que ela sente: "Eu sei que isso é difícil para você. Vamos respirar juntos?"
 2. Reagir com raiva ou punição imediata

  • Se a criança está chorando ou gritando, puni-la antes de ajudá-la a se acalmar pode piorar a situação. Primeiro, ajude-a a regular a emoção. Depois, converse sobre o comportamento.

"Eu sei que você está bravo. Quando se acalmar, podemos conversar sobre o que aconteceu."

3. Acreditar que a criança está fazendo aquilo de propósito

  • Muitas explosões emocionais não são manipulação, mas sim falta de habilidade para lidar com frustração ou cansaço.

Lembre-se: quando nós, adultos, estamos cansados, também ficamos mais impacientes e desregulados. Com crianças, isso é ainda mais intenso!

O impacto da corregulação a longo prazo

Quando você pratica a corregulação:

  • Seu filho aprende que suas emoções são compreendidas e aceitas.
  • Ele internaliza essa segurança e, com o tempo, aprende a se acalmar sozinho. 
  • Isso fortalece sua inteligência emocional e suas relações interpessoais.

Antes de exigir autorregulação de uma criança, os cuidadores precisam ensiná-la através da conexão e do exemplo. Afinal, crianças não precisam de perfeição, precisam de adultos que estejam dispostos a guiá-las com paciência e afeto.
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    Cristina Ruffino

    Sou Pedagoga (Unicamp), Mestre em Psicologia (Unicamp), doutora em Psicologia pela USP-RP. 

    ​Trabalhei na Secretaria de Educação de Campinas e fui docente no Departamento de Psicologia da USP-RP. 

    ​Trabalho com pessoas e seu desenvolvimento há 3 décadas. Inicialmente como professora, formadora de professores, pesquisadora do desenvolvimento e habilidades sociais, culminando com a clínica terapêutica. Assumo uma abordagem dialógica colaborativa, sustentada por uma epistemologia Construcionista Social, que representa uma das principais contribuições no panorama dos novos paradigmas da pós-modernidade.

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